As melhores cozinhas do mundo II
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Quando aprendemos o básico de história ouvimos falar sobre as Índias, mesmo sem se dar conta depois que estamos falando da Índia. Se nosso pais foi descoberto na intenção de chegar até as índias para buscar temperos, alguma coisa de muito especial eles devem ter. Parte da Índia é vegetariana, parte tolera algum consumo de produtos de origem animal, mas de uma forma geral o maior rebanho de gado do mundo não tem valor comercial, somente religioso. Há um mundo de sabores que se chama chutney, de uma forma simples são molhinhos adocicados usados para guarnicer uma infinidade de pratos. Os indianos manipulam como ninguém os temperos, as especiarias criando o curry. Cada região, cada família tem a sua própria receita de curry e a utiliza para saborizar as suas preparações. Culturalmente entendemos como curry um pozinho amarelo, olha como conhecemos pouco.
Falar de Brasil, China, EUA, Rússia ou outras regiões muito grandes é sempre complicado. Claro que não dá pra falar do Brasil como sendo uma coisa só, posso destacar a simplicidade e o uso dos ingredientes locais associado aos indígenas e outros trazidos pelos mais variados colonizadores, algumas pérolas nacionais: o churrasco do sul, o pão de queijo de minas, a moqueca capixaba, o acarajé baiano, a carne de sol nordestina, o frango com pequi e as frutas do cerrado, a chipa sul mato-grossense, o bolo de rolo e o Souza Leão pernambucanos, as cucas catarinenses, o cuscuz paulista, o leitão à pururuca do interior de São Paulo, o tacacá e o açaí da amazônia, ah claro não posso esquecer do bolo de fubá, feijoada, caldeirada, tapioca, arroz de carreteiro, vatapá, doces em calda, goiabada…
Infelizmente a comida chinesa virou opção ou de coisas estranhas no prato ou de fast food, e não tem como ser bem feita dessa forma. Há uma história na China que lá existem mais de 10 mil receitas, bastante coisa. Eles fazem três piadas quanto à sua cozinha dizem que comem tudo o que se mexe e que os únicos animais que eles comem são aqueles que ficam com as costas voltadas para o céu e que a única coisa que tem pés e ele não comem são as mesas. Exageros deixados de lado há muita esquisitice na cozinha daquele país, não vou falar de insetos e nem outros animais que temos como animais de estimação, mas os porcos e frangos são preparados com maestria e muitos rituais.
Adoro bacalhau, gosto tanto que como até cru, só dessalgado mesmo. Os portugueses o chamam de “fiel amigo” e tem infinitas formas de prepará-lo. A doçaria clássica portuguesa merece um destaque também, os doces de gemas, mesmo quando temos receitas muito próximas das originais eles continuam as chamando de receitas secretas como os Pasteis de Belém, ou o Pastel de Santa Clara, que delícia. Os portugueses chamam de enchidos o que chamamos de embutidos, eles têm muitas opções disso e de queijos também, viva a alheira.
Tá certo que o churrasco não é uma cozinha típica de lugar nenhum, mas ao mesmo tempo é típico de todos os lugares. O churrasco é a forma mais arcaica de cozimento, precisa-se de fogo e um apoio, para que a carne fique próxima ao calor. Costeletas de porco pra mim é a melhor parte de um churrasco, lingüiça não pode faltar, até deixo passar a picanha se a fraldinha estiver bem feita, uma costela de boi feita por horas no bafo, um pacu ou outro peixe na brasa, é tão versátil que até o pão com alho é preparado na brasa, e quem ainda não provou uma banana assada na brasa , regada com leite condensado e polvilhada com canela não sabe o que está perdendo. Fora tudo isso o evento social do churrasco é muito bom, quase sempre é associado á festas ou comemorações.
Amanhã falo dos que não entraram na lista